JIM

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sexta-feira, janeiro 27, 2006

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quinta-feira, janeiro 26, 2006

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quarta-feira, janeiro 18, 2006

e-pístolas
17.1.2006

Bring the boys back home

Não sou nada, nunca fui nada, jamais serei nada, dizia o poeta. Digo que se nunca serei nada, não sei, mas se tem coisa que não quero ser é imperialista, pois se o fosse estaria contente com a presença militar do Brasil no Haiti. Não é o caso. Não temos o que fazer no Haiti. Como ser nação amiga, capacetes azuis pró-paz sem o prometido pela ONU, que com muito esforço conseguiu a promessa de ajuda financeira dos Estados Unidos e Comunidade Européia ao combalido Haiti? Não podemos ser força invasora . é o que acontece quando não há dinheiro para investimento social e pelotões armados circulam entre pessoas já suficientemente acuadas pela pobreza e corrupção. Se não é fácil salvar meia ilha, como conduzir um projeto de nação?

segunda-feira, janeiro 02, 2006

DESCOLONIZAÇÃO - TRILOGIA DO DESESPERO.

Tentar uma abordagem do que foi o 25 de Abril de 1974 em Portugal, a subsequente descolonização então operada, a entrega das ex-colónias aos seus legítimos donos, sem uma análise e um sentimento profundo do que isso representou: "em termos de sacrifícios e sofrimento humanos - para todas as partes envolvidas - no mínimo é, subverter à partida a realidade dos factos e tentar branquear - de alguma forma - a verdade.

1 - Ninguém - em seu estado normal - poderá deixar de aceitar que Portugal vivia uma ditadura atroz, um regime onde o povo não tinha direitos de cidadania, vivia no limiar da pobreza, da miséria indigente, com índices de analfabetismo que roçava o ridículo para um País que, se dizia "Um Império"; onde as populações eram escravizadas na sua própria Pátria, obrigadas a imigrar para não sucumbirem à fome e à doença. Portanto, negar-lhe a liberdade que o 25 de Abril trouxe, chamar colonialistas a este povo, que nunca pôs os pés nos "então países de expressão portuguesa", que foi obrigado a mandar os filhos sabe-se lá porque razão objectiva, que não foi culpado do que de bom ou mau por lá aconteceu - sem apontar o dedo aos principais responsáveis " novos ou velhos", às pessoas certas - é no mínimo desonesto; para não chamar criminoso.

2 - Não reconhecer que os então portugueses, os seus descendentes, estabelecidos nos referidos países de expressão portuguesa, "alguns" há mais de quatro séculos; que a sua grande maioria era pobre, vivia em cidades vilas e aldeias a milhares de km das grandes cidades e centros de decisão, que enterraram lá tudo o que tinham, alguns; até a própria alma... Confundi-los com "os grandes Colonialistas", com os grandes lobbies - detentores do poder, da riqueza, das grandes empresas, das grandes fazendas, possessões e concessões a perder de vista - quase sempre multinacionais, capitais sem rosto, empresários e autoridades sem escrúpulos, agora disfarçados, escondidos atrás de outros nomes, outras identidades; que bastante ajudaram a agudizar e acelerar um processo irreversível, que poderia ter tido um desfecho bem mais positivo para todos. Também eles terão que ser apontados com todos os dedos como os grandes responsáveis, os que nunca perdem; que não fizeram parte das filas das pontes aéreas, nem das imensas listas do IARNE. Entre eles lembro alguns, que não estiveram inocentes no processo: "A Hierarquia da Religião Católica Apostólica Romana", que empurrou Portugal e Espanha para essa coisa da expansão da fé e da escravatura; a tal meia dúzia de famílias que todos conhecemos; as multinacionais Belgas, Francesas, Holandesas, Alemãs, Inglesas, EUA, etc.; políticos como Salazar, Caetano, seus pares mais as políticas de avestruz; alguns militares e zelosos funcionários da administração colonial; as polícias políticas - sempre presentes - nas três situações referidas. Ninguém pode ficar indiferente face à angústia de pais - com crianças de colo - na vã esperança de salvar, pelo menos, as suas vidas... Deslocados dos mais recônditos lugares desse "Império de retalhos", em condições inimagináveis e infra-humanas. Isto é muito sério meus senhores, há que respeitar, que reconhecer a angústia e o trauma por que passaram.

3 - Quanto aos verdadeiros naturais, os donos da terra, a quem chamaram pagãos por desconhecerem um Deus e uma cultura que não era sua. Maltratados, seviciados, escravizados, vendidos, violentados; considerados menores em todos os sentidos. Escorraçados - na sua própria terra - sempre para a periferia das grandes cidades, das vilas das aldeias. Obrigados a trabalhar para patrões sem escrúpulos, em condições infra-humanas, com cuidados de sanidade e salubridade ignóbeis. Alguns, trabalhavam de sol a sol, ostentando bocados de roupa " Kambriquites" - tão velhas e gastas que era impossível reconhecer-lhe as cores originais; na maior parte das vezes era tudo o que tinham, pareciam seres vindo do passado. Não reconhecer, ou querer ignorar isto é a maior das traições feitas à memória de um povo. Negar-lhes o direito à liberdade e à independência é: "O maior crime que um ser humano pode perpetrar no seu semelhante". - (Aqui, não refiro ninguém em especial. Os grandes f.d... são sempre da cor do dinheiro; são de todas as cores!...)

(Nb:) Sei - ao colocar a minha opinião - que serei estigmatizado; mas a intenção visa objectivos mais nobres: "que a trilogia que aludo sirva para deixarmos de ser eternos inimigos, eternos rivais; que juntos, nos tornemos indestrutíveis". Todos temos direito à nossa opinião, essa é a minha, não entrarei em discussões estéreis.

madaleno