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25 de Abril de 1974... sempre!!!

Vimo-nos, de repente, a lutar contra exércitos de descamisados, famintos, acossados pelo medo e pelo terror, no limiar do execrável.

Tal como eu poucos conheceram o Norte, o Leste e Sul de Angola; a Angola profunda - onde alguns - jamais pisaram; onde a miséria, a fome, as doenças, o desprezo pelo ser humano eram totais. Desprezo pelas populações mais pobres e carenciadas, pelos principais pilares de uma sociedade podre; dos que trabalhavam de sol a sol para alimentar elites de senhores e meninos (betinhos), que tentam - ainda hoje - fazer passar a mensagem, branquear a realidade de que: ("a culpa - do que aconteceu - não foi deles e sim do povo português da metrópole e do 25 de Abril de 1974") Quando as coisas se tornaram insustentáveis fugiram, não assumiram as suas responsabilidades e - mais uma vez - cobardemente abandonaram o povo à sua sorte. Agora - de novo - estão num barco que ajudam a afundar e - mais uma vez - culpam o povo português por se ter visto livre de um regime déspota, parasita, que os oprimia e sugava até ao tutano. Continuam a fazer a apologia do antigo regime, a adorar os seus delfins; esquecem que Salazar concessionou quase tudo aos estrangeiros - em troca de sangue - mantendo o país e o povo manietado, escravo do trabalho, dos dogmas, do analfabetismo e da fome. Para isso dispunha de uma hedionda arma mortífera onde os patriotas, os melhores, os que se revoltavam contra a tirania e a miséria eram simplesmente aniquilados. É bom que não acordem a fera, que não despertem este povo, porque um dia lhe poderão pedir as "suas" responsabilidades nesse processo: ("No Colonialismo e suas consequências, na noite fascista de 48 anos...")
É claro, que nem todos são responsáveis em proporções de igualdade; há até uma grande fatia - desta gente - que reconhece, compreende, defende as razões que estão na génese desta fatalidade; que lutou, luta e lutará para não deixar afundar estes povos; onde os grandes f.d.ps são conhecidos de todos, se movimentam à vontade, impunemente face às leis e à ordem vigentes.

mad.

SETÚBAL, 08 de MAIO, de 2006.

A cerimónia decorreu com a elevação e o prestígio que seriam de esperar de um evento desta natureza. As três pintoras intervenientes pousaram com orgulho junto das suas criações - novas obras . Estiveram presentes elevado número de convidados amigos e familiares que emprestaram à cerimónia ambiente de apurado interesse, tornando o espaço da exposição exíguo para tamanha afluência.

Um bem haja para todas.

Madaleno.