JIM

ESTE BLOG PRETENDE DAR A CONHECER UM POUCO DAS MINHAS AFINIDADES, PREFERÊNCIAS E AMIZADES.

terça-feira, setembro 29, 2009

O VERDADEIRO RELÓGIO MUNDIAL.

Ora aqui está uma coisa inteligente com que nos devemos preocupar. Isto foi inventado por seres humanos, sem recurso a mentiras nem milagres, com base em dados estatísticos universais. É claro, que estes elementos em mãos desonestas são muito perigosos…

www.poodwaddle.com/clocks2pw.htm

terça-feira, setembro 15, 2009

Com um coco no coco (cabeça),

Durante o 10º curso de COMANDOS – de onde saíram a 12ª e 14ªCompanhias - no rio Bengo em Angola, teve lugar uma prova marítima para simular o assalto a determinado objectivo junto à margem. A prova feita com pneumáticos militares (Zebros dos fuzileiros) teve início na povoação do Bengo (perto das bombas de abastecimento de água a Luanda), até à ponte de caminho-de-ferro em betão uns quilómetros a jusante. A força, constituída por vinte e cinco homens foi distribuída pelos cinco insufláveis. Tomei lugar no primeiro. Os «instrutores» em determinada local do percurso aquático mandaram atirar granadas ofensivas para a água, com o pretexto da existência de crocodilos. Assim fiz, atirei a granada para o rio e fiquei a aguardar a explosão - em profundidade - uma vez que as granadas afundavam durante ~5 segundos até à explosão.

Nota: (“Os efeitos da explosão de uma granada, nestas condições, são terríveis; as camadas de água que se deslocam, após a explosão, acabam com toda a vida submersa num raio de ~10 metros.”)

Todos nos concentrámos nos perigosos remoinhos do rio à espera de aparecer algum crocodilo. Passado pouco tempo começaram a emergir várias espécies de peixes mortos ou moribundos. Entre bagres e barbos… apareceram peixes enormes variando entre os dez e vinte quilos. A sensação que tive foi de que se tratavam de sardinhas gigantes. Soube que eram peixes-prata (Torpons) que podem atingir 100kgs. De imediato começámos a recolhê-los, ao longo do rio, num total de 10. O desembarque, junto da referida ponte, foi muito difícil porque as margens eram íngremes e repletas de lodo. Depois de retirarmos da água todo o pessoal, peixe e barcos, ouve direito a uma pequena pausa. O local era paradisíaco, com mata tropical e coqueiros altíssimos repletos de cocos. De imediato se desencadeou uma enorme disputa entre os Furriéis: Lima, Madaleno, Ribeiro, Palma, Coimbra, Campos, Mateus… de quem seria capaz de subir no coqueiro e colher uns cocos. Sobes tu, subo eu… sobe quem? Subiu o Palma que tinha quase dois metros e jeito para a coisa. A subida foi monótona devido à altura do coqueiro e aos métodos artesanais inventados. Ficámos na conversa mas, em determinada momento alertei: era melhor sairmos dali porque o Palma já estava a rodar os cocos… Saímos todos, excepto o Lima que mal teve tempo de olhar para cima e levar com um coco verde ~5kgs no coco (cabeça) e cair redondo que nem passarinho. A pancada foi superficial, mas parte da sobrancelha começou a inchar de forma assustadora. Foi transportado de imediato para o hospital militar, por uma das viaturas que nos esperavam no local. O Lima seguiu a vida militar, hoje é Major, só porque o coco – na berrida – não lhe quis acertar em cheio na cabeça.

(Um bem haja pró amigo Lima!)

Passado aquele percalço todos se concentraram nos cocos. Como éramos maçaricos não havia, entre nós, quem conseguisse abri-los e chegar ao delicioso líquido contido no interior dos mesmos. As cenas que se seguiram foram hilariantes: utilizámos facas, pedras, pontapés, dentadas… mas os cocos saltavam e fugiam como se tivessem vida. No meio tempo, alguém um pouco mais inteligente lembrou de ir chamar um trabalhador indígena que, com três pancadas de catana abriu o coco e pôs à vista o delicioso líquido. Como recompensa oferecemos-lhe um peixe, dos grandes, ele agradeceu e seguiu contente da vida cantando: «brinca na areia… na areia, brinca na areia… auié mama!!!!»

Nb: ) Atenção, esta história é real, apenas com pequenas pinceladas de adaptação dialéctica devido ao tempo a que remonta. Será o meu contributo para a elaboração do livro da 14ª Companhia de Comandos.

MAMASSUMÉE!!!!

Autor: Furriel Milº Madaleno, 14ª Cª COMANDOS.
Membro da SPA nº 9737
jimadal@gmail.com
Nome: JIM
Natural de Torrão (Hisn Turres) – Alcácer do Sal.
Morada:
ALVERCA.